Júlio Capela integra desintegra-se nas referentes locais, acompanhado pelas ciências da luz, que distribui por telhados, janelas e clarabóias, águas e horizontes. Dispensa, porém, as colmeias humanas: a presença da vida exprime-se nos casarios, nas massas solitárias dos prédios,nas carapaças de conjecturáveis enredos e degredos. A cidade renasce despovoada, embora prenhe de sentidos ocultos e adaptáveis às nostalgias de cada observador,apenas falta aos visitantes fruir o necessário encanto de um encontro com os lugares que de tão conhecidos tendem a esbater o seu fulgor. Por isso ou até por isso, a pintura de Capela nos devolve os sítios rotineiros com uma novidade que nos desperta para amores remotos.
César Principe
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